Desde o século 17, na França, que as pessoas que estimulavam o progresso econômico, mediante novas e melhores formas de agir, são denominadas empreendedoras. Mas nunca, em toda a história, esse termo foi tão empregado quanto agora. Elas estão por toda parte. Das megacorporações àquelas empresas de fundo de quintal. Mas nem todos conseguem extrair a essência do empreendedorismo e se destacar num cenário competitivo e cada vez mais exigente. Em 1950, o austro-húngaro Joseph Alois Schumpeter, um dos mais importantes economistas do século 20, reafirmava que poucos são capazes de fazer sucesso com a criatividade.
Muitas vezes, o oportunismo é até mais interessante que a criatividade.
Mas, se juntar as duas coisas, fica ainda melhor. Foi o que fez Tânia Kramm da Costa, 32 anos. Depois de criar avestruz (Struthio camelus) por mais de uma década numa propriedade rural nos arredores de Cuiabá (MT), a família da empresária motivou-se a enveredar por um caminho pouco conhecido no Brasil: a produção de cosméticos a partir de subprodutos dessa ave originária da África e que chega a pesar 130 kg.
O ineditismo foi mais relevante que a base da linha de produtos de beleza criada por Tânia Kramm, o óleo extraído da gordura localizada na região abdominal da ave. “Na Europa, esse tipo de óleo é mais comum na fabricação de cosméticos. No Brasil, temos um filão a ser explorado”, evidencia Tânia, que responde pela direção de Marketing da Ostrich Cold Cream.
Abraçar um projeto, sobretudo no campo profissional, é o objetivo de muitas pessoas. A diferença está no que impulsiona a execução de tal plano, que pode ser uma ideia ou visão. Ideia é algo que “existe na cabeça e não tem a menor pretensão de acontecer”. É possível ficar só no campo dos conceitos e nunca partir para a concretização dos planos. A escolha é pessoal.
Já a visão é naturalmente empreendedora. Uma paixão no presente por algo que vai existir no futuro, como define o colaborador do Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP), Renato Fonseca de Andrade em seu livro Conexões Empreendedoras.
Aristóteles afirmava que o gênero humano tem impulso pelo conhecimento. E para ser empreendedor, o mergulho no saber se torna inevitável. Não é difícil imaginar que os Kramm beberam dessa fonte. “Adaptamos conhecimentos agregados às pesquisas com matérias-primas regionais para obtermos um produto com características únicas”, argumenta a diretora de Marketing da Ostrich.
Atualmente, a empresa mantém parceria com distribuidores em vários estados. Saltou de 10 pontos de venda em Mato Grosso para 72 em todo o país em menos de dois anos de atuação. Entre seus produtos estão os bálsamos analgésicos, hidratantes corporais, labiais, creme anticelulite e uma linha masculina exclusiva.
Reportagem de Dayane Nascimento e Rui Matos http://www.rdmonline.com.br/
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A linha de produtos Ostrich é muito ampla, os diretores da empresa possuem uma visão inovadora do negócio, muitas pesquisas são realizadas diariamente, o efeito do óleo em todas as linhas de produtos que são lançadas foram comprovadas e vem sendo divulgadas em várias mídias formadoras de opnião, como o pequenas empresas e grandes negócios, revistas nacionais e regionais, jornais, sites e entrevistas. As matérias não são pagas. O interesse dessas mídias de opnião nasceu da curiosidade e da versatilidade dos comunicadores que perceberam a capacidade da empresa em utilizar todos os beneficios do avestruz (carne, plumas, couro, óleo - base dos cosmesticos e balsamos-casca do ovo - para artesanato e vem sendo pesquisada para uma nova linha de produtos de beleza, etc).
A empresa está crescendo em Mato Grosso, já recebe alguns incentivos para pesquisas e emprega muitos profissionais que já estão sendo capacitados para trabalhar em todas etapas de criação, fornecimento, fabricação e distribuição de uma vasta variedade de produtos que aos poucos estão entrando no mercado regional e também no nascional.
Fernanda Braga
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