sábado, 30 de junho de 2012

Infecção de Fígado


 

Às vezes me pergunto se realmente tudo que está relacionado à péssima saúde, sempre encontra meu corpo no caminho (rsrs). Não é estranho dizer isso partindo do meu histórico não muito recente.

Esse mês descobri uma infecção de fígado. Juro, caso tenha inimigos não desejaria a eles. Pensem em uma coisa que dói e ao menos para mim foi de difícil detecção (não é muita novidade). Faz mais ou menos 04 meses que uma dor abaixo da costela esquerda me incomoda, junto com refluxo. O refluxo é bem estranho no meu caso, já fiz cirurgia e na teoria nunca mais sentiria os sintomas. Ainda estamos investigando esse caso, mas com a infecção de fígado pode ser uma justificativa.

Quando descobrimos, os médicos ficaram um pouco impressionados com o fato de eu não beber nem fumar e ter bons hábitos de alimentação. Como justificar uma infecção? Nem eu sei muito, mas lembrando do meu histórico ortopédico podemos fazer um parâmetro e relacionar a algumas informações. Ortopedia geralmente é sinônimo de antiinflamatórios e Fernanda é = ortopedia e vice-versa, portanto nem existe a necessidade de fazer algum tipo de conta para chegar à conclusão que os remédios são meu grande mal para o fígado.

Quero só alertar as pessoas que pouco sabem sobre o assunto, abaixo coloquei uma matéria que descreve mais ou menos o que tive, na realidade não tive uma Colangite Aguda, mas os sintomas, as dores, tratamentos, são bem iguais.

Depois de mais de um mês de pronto atendimento, consultas em vários tipos de especialistas e etc., acabei literalmente nocauteada por 05 longos dias de hospital, descobrimos a infecção 03 dias antes da internação, mas não sabíamos aonde, a maior dificuldade é que não tive febre (sintoma comum em infecção), minhas dores não estavam centralizadas somente abaixo da costela esquerda por causa do refluxo. Descobrimos que era no fígado depois de uma tomografia.

Agora em casa continuo com antibióticos e ainda sinto os sintomas, em um grau um pouco mais baixo, o cuidado com a alimentação tem que ser um pouco mais redobrado e muito liquido.

Quero lembrar o alerta que dei sobre pronto atendimento, realmente temos que saber lidar, mas quero dizer que quando aprendemos, podemos colher bons frutos, foram os médicos do pronto atendimento que descobriram, tenho só a agradecer e quero agradecer em especial ao Dr. Marcus Antonio Godoy, por incrível que pareça cardiologista, assumiu meu caso depois do fim de semana e deu conta do recado, foi ele que descobriu a localização da infecção, teve muito cuidado e carinho.

Obrigada ao Hospital Santa Rosa também, que cuidaram de mim com carinho e também procuraram para esclarecer o mau atendimento que tive a uns dias atrás e compartilhei com amigos...

Obrigada também a amiga Kami, sem você, não sei o que seria de mim. Amo...

Pensem bem nos nossos órgãos vitais, dependemos dele para tudo na vida, podemos até pensar em comemorar civilizadamente em uma festa, mas temos que lembrar que nosso fígado não é esponja. Eu não bebo, mas em compensação os remédios para dores ortopédicas dopam, terei com certeza uma conversa um pouco mais instrutiva sobre esse assunto com meus ortopedistas e aconselho o mesmo caso esteja em situação parecida.

Leiam a matéria abaixo, importante para sabermos um pouco dos sintomas, como aparece, como conversar com médicos e cuidar um pouco mais do que é mais fundamental ao ser humano: Corpo e mente sã.


 

 

Por. Fer Braga



COLANGITE AGUDA


O que é?
É a inflamação aguda dos canais que conduzem a bile. Isso inclui desde os mais finos, dentro do fígado ao mais calibroso, o colédoco, que recebe toda a bile produzida no fígado e aquela já acumulada na vesícula. Em sua porção final, o colédoco encontra-se com o canal que traz as secreções digestivas produzidas pelo pâncreas, desembocando no duodeno (primeira porção intestinal), através de uma pequena estrutura conhecida como Papila de Vater.
Quando a inflamação começa nesta região e sobe em direção ao fígado, costuma ser acompanhada de infecção por germes que habitam normalmente o duodeno.
Como se desenvolve?
O fator que mais vezes está relacionado à colangite é a interrupção parcial do fluxo de bile para o duodeno ao nível da papila ou acima dela. Essa obstrução permite que bactérias do intestino entrem e subam pelos canais biliares, causando infecção e conseqüente inflamação, ou seja, colangite.
Várias são as causas de obstrução.
 

Cálculos biliares (pedras) que, geralmente produzidos e acumulados na vesícula biliar, podem descer ao colédoco, causando seu entupimento total ou parcial. Esta é a causa mais freqüente.
Cálculos que ficaram na via biliar após uma cirurgia para retirada da vesícula também podem ser causa de obstrução e colangite. É muito raro, mas os cálculos podem se formar nos próprios canais biliares. Deste tipo existe um número importante em nosso ambiente, cujos pacientes são os portadores de um tipo de anemia chamada de Falciforme ou Drepanocitose, prevalente na raça negra.
Outras causas podem ser: tumores, destacando-se os da Papila de Vater; estreitamentos congênitos (de nascença); estreitamentos cicatriciais espontâneos ou pós-cirúrgicos e invasão por parasitas intestinais (em nosso meio, áscaris, conhecido por lombriga).

O que se sente?
Os sintomas típicos são:
 

febre e calafrios,
dor abdominal mais localizada na área superior direita da barriga (logo abaixo das costelas),
icterícia (coloração amarelada da pele e da área branca do olho).
Os pacientes também costumam se sentir enfraquecidos, nauseados e sem fome.

Na maioria das vezes, colangite associada a cálculos ocorre em alguém que já teve uma ou mais crises de dor abdominal causada por "pedra na vesícula".
Essa crise anterior, geralmente acontece quando um cálculo tenta passar da vesícula para o intestino.
A colangite aguda ocorre quando a passagem não se completa porque o cálculo tranca na desembocadura para o duodeno e atrapalha o fluxo da bile.
No câncer de papila, a colangite pode ser o primeiro sintoma do tumor ou uma complicação em pacientes com doença mais avançada.
Como o médico faz o diagnóstico?
Juntando os sintomas do paciente com alguns dados da história prévia, o médico é capaz de diagnosticar a colangite e, na maioria das vezes, saber a causa.
 

Em pacientes com história passada de crises de dor em cólica na região do fígado, que já sabem ter cálculos na vesícula, o surgimento dos sintomas de colangite, geralmente, são atribuíveis à obstrução por alguma destas pedras.
Pacientes com emagrecimento importante, história mais arrastada de dor não muito bem localizada e com icterícia intensa, particularmente, por icterícia que decresce com ocorrência de melena (fezes pretas por sangramento digestivo) e anemia, fazem pensar em obstrução por tumor de papila.
Nos indivíduos que já realizaram cirurgia para retirada da vesícula ou outro tipo de cirurgia envolvendo o fígado, a possibilidade de que a obstrução seja conseqüência daquela cirurgia deve ser lembrada.

O médico poderá solicitar exames para confirmar o diagnóstico de colangite e sua causa.
 

Exames de sangue geralmente são usados para acompanhar a evolução da infecção e o estado geral do paciente.
A ecografia (ultrassonografia), pela sua praticidade e baixo custo, é, geralmente, o exame escolhido para iniciar a avaliação. Através dela pode-se detectar cálculos na vesícula ou nas vias biliares, dilatação dos canais biliares (sugerindo obstrução) e, às vezes, a presença de tumor.
Exames de imagem mais complexos poderão ser necessários para definir precisamente o diagnóstico da causa da colangite. Conforme a disponibilidade e a experiência pessoal do médico, pode-se escolher a tomografia, a ressonância magnética, a colangiorressonância ou ainda a colangiografia endoscópica.
A colangiografia endoscópica é realizada através da passagem de um catéter por dentro do endoscópio introduzido pela boca até o duodeno. A ponta do catéter é introduzida na Papila de Vater, permitindo a injeção de contraste dentro da via biliar e dos ductos pancreáticos. Desta forma obtém-se um Rx que mostra precisamente cálculos, tumores e outras causas de obstrução.

Como se trata?
A colangite é uma infecção grave, que tende a progredir para infecção generalizada, podendo levar ao óbito se não tratada adequadamente.
O tratamento baseia-se em antibióticos geralmente por via intravenosa, associados à desobstrução da via biliar.
A desobstrução dos canais biliares pode ser feita por colangiografia endoscópica ou cirurgia.
Por endoscopia é possível a extração de cálculos e parasitas, a abertura da Papila de Vater (papilotomia) e, se necessário, a colocação de prótese (pequeno tubinho plástico) dentro do colédoco para mantê-lo transitável (pérvio) e permitir o livre fluxo de bile para o intestino.
Se a colangiografia endoscópica não for disponível ou se não tiver sido possível a desobstrução por esse método, pode ser necessária a realização de cirurgia.
Tenta-se na cirurgia o mesmo que na endoscopia, ou seja, impedir que a bile fique parada na via biliar e, conseqüentemente, fique infectada. Para tanto, coloca-se um dreno que temporariamente conduza a bile para uma bolsinha externa.
Se possível, tenta-se também tratar a causa básica, retirando-se a vesícula com cálculos, corrigindo obstruções congênitas ou pós-operatórias, ou ainda, fazendo a ressecção (retirada) de tumores.
Como se previne?
Pessoas com cálculos na vesícula, principalmente se já tiveram sintomas, devem discutir com o médico a realização de cirurgia para retirada da vesícula.
De forma geral, indivíduos sem contra-indicações significativas devem ser operados para evitar futuras complicações.
Não há forma de prevenção para as outras causas de colangite.
Perguntas que você pode fazer ao seu médico
Por que a pele fica amarela?
Esse problema tem cura?
O que é colangiografia?
Posso ter pedras (cálculos) se já operei a vesícula?
Vou ter que ser operado?
Tenho ou posso ter algum tipo de câncer?